HILÁRIO CHACATE VITIMA DE FAKE NEWS
“Uma mentira pode dar a volta ao mundo, enquanto a verdade calça sapatos” (Mark Twain)
Tenho um discurso afetivo muito bem consolidado e não preciso de recorrer a minha posição de docência ou a qualquer outro elemento ligado a isto para conseguir satisfazer um prazer sexual, ou qualquer outro tipo de favor de estudante. Acabei de me casar com uma linda jovem, culta, instruída e com um futuro bastante promessor. Não precisei de recorrer à chantagens para consegui-la, acionei o meu discurso afetivo como qualquer outro humano mortal carregado de valores morais e éticos. Ao longo dos meus cinco anos de docência, recusei todo tipo de ofertas que me foi feita por estudantes. Pautei por uma carreira limpa sem mancha nem mácula. Dexo aberto o desafio, se existe algum estudante que tenha alguma prova de ter insinuado recorrer a minha posição para me aproximar dela, e tirar algum proveito, que exponha provas! Estou bem confortável que não irá aparecer, porque isso nunca aconteceu.
Numa das mais lidas obras do Nicolau Maquiavel, intitulada “O Príncipe”, este teria aconselhado ao príncipe, nos seguintes térmos: seria bom que o príncipe fosse bom, mas porque ele vive rodeado de pessoas más, precisa de apreender ser mau para se defender dos maus.
Por volta das 19 horas da Sexta Feira, dia 08 de Novembro de 2019, estava trocar algumas imprensões com a minha linda esposa, que acabei de me casar com ela, há pouco mais de um mês. Depois de algun tempo, decidimos dar um giro pelo meu status de Whatspap. Terminada a visita ao meu status, decidi ver algumas mensagens nos grupos em que faço parte. Surprendetemente, vejo um screen short no qual eu e uma suposta moça, de nome Isabel, trocavamos mensagens. Passo a reproduzir o conteúdo das supostas mensagens:
“Bom dia, tudbem Isabel? tens certeza que prefere excluir minha cadeira por teimosia?” (Suposta mensagem do docente Chacate)
“Bom dia docente Chacate, ja passou de teimosia, prefiro repetir tua cadeira se a condição for te deixar me fuder, prefiro entregar até para qualquer um que aparecer e pedir de borla.” (suposta mensagem da Isabel)
“Ate proximo ano” (suposta mensagem do docente Chacate)
Fiquei surpreso com a baxeza do autor ou da autora porque em toda minha vida nunca havia trocado mensagem com nenhum estudante naqueles termos. De seguida monstrei a mensagem a minha esposa e sabendo do meu perfil, ela retorquiu nos seguintes termos: “não te preocupes baby, isto é fake news”.
De acordo com uma pesquisa que fiz rapidamente na internet, Fake news são informações noticiosas que não representam a realidade, mas que são compartilhadas na internet como se fossem verídicas, principalmente através das redes sociais. Normalmente, o objetivo de uma fake news é criar uma polêmica em torno de uma situação ou pessoa, contribuindo para o denegrir a imagem. Por ter um teor extremamente dramático, apelativo e polêmico, as fake news costumam atrair muita atenção das massas, principalmente quando estas estão desprovidas de senso crítico.
De seguida fui recebendo várias mensagens e chamadas de pessoas, algumas se consolidando comigo, outras me tranquilizando e me dizendo que sabiam que aquelas mensagens não tinham nada ver comigo. Pelas reprecursões da informação nas redes sociais e pelas reações que fui recebendo, entendi que era necessário vir ao público para dizer que há muita poeira, como diria o Presidente Guebuza. Dai que entendi que era preciso fazer algo para sacudir a poeira.
Várias são os elementos que podem ajudar a qualquer um a perceber que estas mensagens foram fabricadas e não tem nada ver comigo, a saber:
1. Destaque do nome docente Chacate e ocultaçao do contacto telefónico
Se a pessoa que decidiu publicar o screen short em causa visa denunciar o “predador” Chacate que procura, na base da sua posição de docente, satisfazer os seus apetites sexuais, não precisava de ocultar o contacto telefónico do mesmo. Assim, seria muito mais facil comprovar que o contacto que trocou mensagens com a suposta Isabel é do docente referenciado no screen Short. Qualquer pessoa poderia digitar o contacto no seu telefone e via várias plataformas identificar o real dono do mesmo.
2. As mensagens trocadas são de autoria da mesma pessoa
Há evidências de que tanto a mensagem do emissor, assim como do receptor foram da autoria da mesma pessoa. Analisando com profundidade as mensagens, facilmente se pode perceber que os erros ortograficos, a linguagem e o estilo da escrita são do mesmo autor. O que consubstancia, claramente, que não houve nenhuma troca de mensagens entre o suposto docente Chacate e a suposta estudante.
3. Usar mensagens telefónicas para cobrar favores sexuais não é coisa de uma pessoa esclarecida
Um docente universitário que passa a sua vida lendo livros e debatendo ideias na sala de aualas, em conferências, palestras, em diferentes canais televisivos e radiofónicos, não pode dar o tiro no seu próprio pé cobrando favores sexuais, ou qualquer outro tipo de favor a estudantes via sms. Afinal de contas, são cinco anos dando aulas e vendo e ouvindo muitas coisas na sua interação com estudante e professores. Não precisa de ler tantos livros para saber que as mensagens comprometedoras podem, futuramente, serem usadas contra o rementente.
Estes são alguns elementos que comprovam que estas mensagens não tem nada ver comigo. Alias, eu desafio a suposta Isabel a fazer um screen short com meu número. Caso contrário, precisa de apreender ser um pouco mais criativo, ou criativa para jogar melhor neste game. E também é importante compreender que nem todo mundo é tolo.
Na verdade, eu cheguei a colocar várias possibilidades sobre o real autor destas mensagens, tais como:
1. A mensagem pode ser, de facto, de um(a) estudante que por várias razões não foi bem sucedido ao longo do semestre académico e imputa o seu fracasso ao seu docente e que, por esta via, procura criar mecanismo para se vingar do mesmo.
2. Pode ser um indivíduo fora da academia que tem algum ódio, ou inveja por mim, que não sei porque razão e que procurou, por meio disto, defamar-me e caluniar-me.
Por fim, gostaria de manifestar as minhas mais sinceras desculpas pelos constragimentos que isso possa ter causado, sobretudo no seio das pessoas que me tem como uma referência. Há coisas que não dependem de nós e que estão fora do nosso control.
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